segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo!


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Roupas brancas e lentilha. Não-sei-quantas-ondinhas e muitos fogos. E de repente a certeza de que a vida passa muito rápido. E o friozinho na barriga pelo começo de mais um ano inteirinho pela frente. Mais um ano que vai passar rápido. Mas fica aquela sensação de vida. Aquela sensação de mudança, das resoluções de sempre do novo ano. Entre champanhes, um sorriso: que venha mais um ano novo!


Ps. Esse blog está de férias, pois passarei uns 10 (ou mais ) dias na praia. Se eu for na lan house der tempo eu passo aqui.
Beijos (:

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Pisca-pisca.




A luzes brilham piscando e hipnotizando. Os brinquedos reluzem na vitrine, os pinheiros sustentam neves de mentirinha e tudo é mais vermelho do que nunca.
No meio de tantos Jingle Bells e Merry Xmas, da confusão pela busca do melhor presente, tem sua atenção tomada por um contraste, um contraste social. Aquele menino sujinho deixou o seu carrinho de sorvetes estacionado na sombra, e estava olhando, um olhar vago, para a vitrine da loja. Chegou perto dele, que estava absorto demais para notar a presença de mais alguém.
- O que você tanto olha? É esse cachorro de brinquedo que faz tudo sozinho?
O menino assustado, olhou-a com curiosidade e disse-lhe que não, já tinha um cachorro em casa, um cachorro de verdade, e amava-o tanto que não precisava ter um de brinquedo.
- Seria esse carrinho de controle remoto?
‘Não’, disse a ela. ‘Não, eu faço os meus próprios, e eu me divirto comandando eles sem ter que aperta nenhum botão. Não gosto de brinquedos que brinquem por mim.’
- Um vídeo-game, então?
‘Vídeo-game?’ Ele olhou a com uma cara engraçada. Ficar preso dentro de casa apertando botões não é comigo, eu prefiro correr na rua e fazer minhas própria aventuras.’
-Então, menino, diga-me o que tanto olha?
‘A Luz’, respondeu ele como se fosse muito óbvio.
- A luz? Perguntou ela sem acreditar muito.
‘A luz’. Eu queria que ela brilhasse todo dia desse jeito, não somente no natal, não somente na vitrine, mas no coração de todos nós.’
E assim, ela foi embora com sacos de presentes nas mãos, mais com algo muito mais valioso e que não apagaria após o natal: A luz que piscava dentro dela.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Aquela Música.

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E então eu ouvi aquela musica e me lembrei de você. Me lembrei daquele dia,em que você me chamou pra sair. Estava um pouco frio, um clima meio úmido. Eu desci no ônibus, e você estava me esperando no banco. Vi seu rosto iluminar quando cheguei. Vi seu sorriso tímido se abrindo em um oi mais tímido ainda.
Caminhamos sem jeito pela orla da praia, falando de assuntos banais. Resolvemos nos sentar em um barzinho, pedimos coca-cola e uma porção de fritas. E foi aí que tocou a musica. E nós dois nos olhamos e falamos: Nossa, eu adoro essa musica. E desde então, fiz dessa musica a nossa musica, e aposto que você também.
Nesse dia, você disse que me amava. Me pediu uma chance. Me pediu um beijo.
Eu fiquei sem jeito. Disse a você que eu não queria me envolver com ninguém, mas na verdade eu menti. Eu já estava envolvida. Ele era um cafajeste, eu sei, mas aqueles cachos embaraçavam minha mente. Nisso eu troquei o certo pelo duvidoso, e até hoje eu sinto uma ponta de arrependimento.
Depois desse dia, você me evitava, e eu não tirei sua razão. Uma vez você me confessou que falar comigo doía. Sentir meu cheiro doía. E ver que eu seguia em outra direção, que eu gostava de quem não me merecia, doía mais ainda.
E hoje,depois de tanto tempo, que eu vejo realmente que você estava certo. Que eu devia sim, ter dado uma chance a quem gostava de mim de verdade, ao invés de me preocupar somente com a embalagem bonita de outra pessoa aí. Eu teria sofrido menos, e você também.
Depois daquele dia, nos tornamos quase estranhos. Mas eu gostava muito de você, e agora eu percebo que gostava mais do que eu achava.
Por isso, me desculpa. De verdade. Me desculpa por ter te feito sofrer, por não ter sido diretamente sincera contigo.
E eu espero, que você esteja sendo feliz. É tudo que eu mais quero.


Saudades de Santos. De ti.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Miss u.




Porque estava chovendo, eu estava sozinha e comecei a ver as fotos antigas no meu fotolog (sim, eu tinha um, e bombava por sinal). Ai fui me lembrando de como eu era brega como eu era feliz, foi me dando aquela saudades e tals. Me lembrei de ti, de como éramos unidas, tínhamos nossas piadinhas internas, éramos unha e carne e essas metáforas todas.
Me lembrei que não somos mais tantas metáforas, nem tantas internas. Que somos, talvez, aquelas pessoas que jurávamos que nunca seriamos.
Agora, eu moro aqui e você aí, e quando eu estou aí, você não está. Tem outra pessoa importante na sua vida, e eu é claro respeito, com ciúmes, mas entendo.
Eu sinto saudades suas, de nós, dos brigadeiros, filmes bregas, crises de identidade (essa é uma interna), crises de riso, crises de ‘com que roupa eu vou’, e tantas outras.
Mas com o tempo as coisas mudam, não temos mais 15 anos e não vemos mais o mundo com lente colorida. Bom, talvez eu ainda veja, um pouco desbotado, é verdade, mas eu já não sei mais qual é a cor que você enxerga o mundo.
É triste, eu sei.
Mas eu também sei, que se eu precisar, se eu chamar você estará comigo, e daremos aquele abraço que explica tudo. Eu voou chorar e voe vai dizer que ta tudo bem, depois vamos fofocar e rir, depois vai dirigir o seu tomate de volta pra casa, e tudo estará bem.
Mas eu sinto saudades. De tudo.

E eu sei, amiga, que nós ‘somos o que tem de acontecer’ (C. Lispector).



Obs. Desculpem-me. Hoje sou apenas eu falando. Precisava falar.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Ás Vezes


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É que ás vezes eu erro,
Ou sinto prazer nas coisas bregas.
É que ás vezes eu minto,
Ou faço coisas que parecem piegas.
Ás vezes eu choro, eu fujo, eu imploro.
Ás vezes eu quero, apronto, confronto.
Ás vezes eu morria, só pra viver de novo.
Desculpe-me não ser perfeita, chata, exata.
Ou por ser implicante, ignorante, teimosa.
É que eu sempre sou
Humana, apenas.
(e sem-querer-querendo, eu me engano

Ás vezes.)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Salão


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Estava escuro, enfumaçado. Algumas luzes coloridas brilhavam, alguns pés descompassados dançavam, alguns casais que se conheciam a tempos, a horas ou a minutos se beijavam freneticamente.
O ritmo estava envolvente, mas ela, ah ela, se portava com compostura sentada em um canto, quase esquecida. Quase parte do cenário.
Mas não que ela estivesse triste, que nada! Ou talvez ela estivesse, não sabia bem ao certo. Mas gostava de ficar sentada, quieta, como se fosse uma nota musical ao fundo ou uma luz colorida que ninguém percebeu.
Mas sempre existe um ouvido atento.
E com cuidado ele segurou a sua mão, levou ela para o meio da sala, meio da música, meio das luzes, meio de tudo, mas tudo parecia ter nada, somente os dois.
E pra ela, não existia mais cenário. Era um sonho.
E no ritmo lento da música, foi
Sonhando.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Sessão-da-tarde.

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Por vezes, sou um filme romântico-brega-sessão-da-tarde. Ouço baladas antigas, cantando bem alto mesmo. Como chocolates e fico de pijama e meia pela casa, com um ar de paixonite no rosto. Quero fazer dietas só pra ele, e acabo engordando por causa dele. Escrevo até o nome dele em papéis, distraída! Sem falar na pior coisa: ficar imaginando antes de dormir como será nosso casamento, nossos filhos, como vamos ser quando velhos. Fala sério. Ainda bem que, diferente da sessão da tarde, eu não sou muito de reprisar filmes. E sabe, todo mundo assiste filmes bregas, mas eu prefiro ser uma aventura, um suspense até. Nada de finais aguados e felizes, mas sim continuações emocionantes!










(ta bom ta bom, eu sempre assisto romances, comendo brigadeiro e choro no final. Mas isso fica só entre nós!)

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

(Des)abafado


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Foi como chuva de verão.

No começo, era calor, era bom. O calor tão esperado depois de dias de frio, solidão.
Mas foi ficando quente demais, abafado demais. Já não podia caminhar um pouco livre, que logo o suor começava a brotar.
Começou a ter dificuldade em respirar, em pensar. O sol já a queimava. Então não dava mais. Veio a chuva, lavou a sua alma, libertou do calor.
Chuva de verão. Leva tudo embora.

E agora, tem o sol, sol com vento, sol com chuva até,

Mas ele não a queima, só aquece.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Não sei fazer poema.

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Não tenho inspiração
A idéias fugiram da minha cabeça

E antes que eu me esqueça

Que nada tenho pra lembrar

Coloco tudo num papel

Assim, sem rimar,

nem nada dizer

Mas dizendo mesmo assim

Que eu não tenho o que fazer

E que não sei criar início, muito menos fim.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Tudo culpa dos hormônios.

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‘Dormi com o cara na primeira noite! Comassim??’ Todo mundo tem uma amiga que já fez
essa cagada isso. Aí você essa amiga tenta a tática de pensar ‘sou uma mulher moderna totalmente século XXI e isso é normal’ mas no fim acaba chorando no ombro de outra amiga perguntando ‘Por que fiz isso? Isso nunca aconteceu!’ e tenta colocar a culpa na bebida, no ex, na carência, no sapato apertado, na crise dos EUA ou qualquer coisa. Mas calma amiga, existe um culpado verdadeiro nisso tudo: seus hormônios. Sério. Bom, isso se você acreditar no livro “Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor”, do qual tirei esse trecho:

“A natureza é sábia: estabelece um programa para a maioria das fêmeas, fazendo com que fiquem mais interessadas em sexo durante o período fértil.
(...) Pode acontecer de uma mulher ir para a cama com um homem que acabou de conhecer em uma festa e, no dia seguinte, não encontrar explicação para o que fez. ‘Não sei o que aconteceu. A gente tinha acabado de se conhecer e, de repente, eu estava na cama com ele. Eu nunca fiz isso!’ Como outras fêmeas, ela encontrou o macho no exato momento em que eram maiores a chances de engravidar. Seu cérebro, através do subconsciente, decodificou a constituição genética, o estado do sistema imunológico e outras características daquele homem. Sempre que esses dados alcançam um nível razoável de aceitabilidade, a natureza assume o comando. Mulheres que passam por essa situação não conseguem explicar e falam em ‘destino’ ou ‘estranha atração magnética’. Elas não sabem que foi tudo obra dos hormônios. Como resultado de momentos assim, muitas acabam envolvidas com parceiros completamente inadequados.”

Viu? Viu????? Então de a dica para a sua amiga: Consulte seu ciclo e seus hormônios antes de sair de casa, para não fazer nenhuma besteira e/ou cair em lençóis desconhecidos.

sábado, 7 de novembro de 2009

Ah, o verão.


O verão está na porta. Você dorme suando e acorda suando. Seus casacos estão escondidos no armário e da uma aflição só de pensar em vesti-los. Tudo é alegria, marcas-de-biquini e cheiro de protetor solar. Mas no meio de tanta gente pulando feliz e gritando na rua musicas de axé, você descobre que está gorda, seu biquíni está desbotado e seu nariz descascando. Você acorda a uma da tarde, com o sol batendo na janela, e passa o resto do dia suando dentro do seu pijama (que é o shorts velho e a blusa da eleição passada). Começa a te dar uma saudade do inverno, e você deseja até que chova, mas isso tudo passa quando você acorda disposta a ir na praia, e está frio e chovendo. Então você quer a alegria, marcas-de-biquini e cheiro de protetor solar. E quer isso sempre. E descobre que, apesar dos pesares, o verão é a época mais feliz da sua vida.



(mas se sente arrependida de ter furado o regime no mês passado)


obs. Ainda com problemas na configuração dos posts ;~

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Túmulo.

imagem: Crisitna de Souza (acervo pessoal)

E estava agora tudo cinza-colorido. As flores que enchiam os olhos deixavam a paisagem triste ainda, mas uma tristeza de um certo modo bonita. O ar respira saudade. O ar respira dor. O ar é silencioso, porque o silencio é o que exprime as palavras que não conseguem sair.

Ela, calada, caminha com seu lírio branco na mão. Hesita um pouco, antes de deixá-lo lá, no meio de tantas flores. Uma lágrima cai, e se mistura com um sorriso quase apagado: é a mistura da dor de quem perdeu um ente querido, com a felicidade de um dia poder ter vivido com ele.

Reza baixinho, assim como reza todas as noites. Se despede, apenas com um olhar, e vai embora quieta como chegou, mas não sem sentir o perfume de sua flor (seria da flor ou da lembrança?) deixada como homenagem.


Pequena homenagem atrasada para o dia de finados. Que a gente não lembre de quem se foi apenas nesse dia.


Nota: Não consigo alterar a fonte, por isso essa bagunça ;/



sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Ah, Florianópolis.

imagem: acervo pessoal.

Era uma tarde de domingo, e ela encontrava ali o seu refúgio
.Adorava sentar no banco em frente ao mar, sentindo o sol aquecer sua pele ao mesmo tempo em que o vento frio, típico do inverno soprava silenciosamente.
Ali, no banco em frente a beira-mar, tinha os melhores devaneios. Não se importava com o barulho dos carros indo e vindo freneticamente, ou das pessoas apressadas que passavam por ela, na verdade até amava esse ritmo louco da cidade.
Da cidade que não para, das avenidas que não descansam, das baladas lotadas, dos bares populares.
Da mesma cidade que era calma, tinha a brisa suave com gosto de maresia, os pescadores simples, as crianças brincando no gramado, as mais belas e selvagens praias.

Ela, ás vezes se sentia como Florianópolis.
Agitada, moderna, mas ao mesmo tempo simples e acolhedora.

Ah, Floripa.. Uma cidade com essência.
Não era natural dali, mas se encantou desde o primeiro dia.
E agora, fazia dessa cidade, seu refúgio, sua casa.



obs. Desculpe-me, não estou inspirada, estou com sono e sem café. Prometo que no fim de semana crio algo melhorzinho =)

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Protesto contra a esteira.


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É, o verão está chegando, e é nessas horas que a academia fica lotada. A mulherada coloca uma camisetinha, uma calça legging preta pq esconde a celulite , carrega uma toalhinha e um squeeze e vai tentar ficar sarada. Mas, cá entre nós, malhar é muito chato. É chato ficar suando e ainda fazer cara que está se divertindo com aquilo, é chato ficar puxando ferro como se isso fosse a coisa mais natural do mundo, é muito chato quando aparece aquelas saradas que podem ir malhar de top e shorts e conseguem sair da academia lindas e com cabelo ainda arrumado, mas o mais chato de tudo é a esteira. Sério. Eu acredito que elas são programadas pro tempo andar mais devagar, não é possível. Eu passo os 30 minutos mais longos da minha vida correndo nessa criatura dos infernos máquina maravilhosa. Eu tento olhar o tempo de 5 em 5 minutos, mas é impossível total, eu nunca acerto! Pior ainda é esperar os 5 minutos finais, eles se arrastam, e você não consegue não ficar olhando, como se isso fosse apressa-los. Mas, mesmo saindo suadas, descabeladas, cansadas nós estamos lá quase todos os dias, afinal ficar sarada saudável vale todo esse sacrifício! (mas eu continuo odiando a esteira, haha).

sábado, 17 de outubro de 2009

Colcha de retalhos de Cazuza.



O teu amor é uma mentira, que a minha vaidade quer.É como amar a lua inacessível. É que eu não amo ninguém, e é só amor que eu respiro.Você pensa com o coração e ama com o cérebro ladrão. Pára de fingir que não repara nas verdades que eu te falo, dá um pouco de atenção! Dizem que tô louco por te querer assim, Por pedir tão pouco e me dar por feliz. Migalhas dormidas do teu pão, raspas e restos me interessam,pequenas poções de ilusão. Não me queixo, eu não soube te amar, mas não deixo de querer conquistar uma coisa qualquer em você.
Faz parte do meu show meu amor.
Outra vez vou te cantar, vou te gritar.
Outra vez vou te esquecer.
Mas se você achar que eu tô derrotado, saiba que ainda estão rolando os dados!
Senhores deuses me protejam, de tanta mágoa, tou pronto para ir ao teu encontro, Me avise quando for a hora!


Importante: Texto produzido somente com trechos de músicas do grande poeta Cazuza.
Importante [2]: Agradeço especialmente a minha prima-irmã Gui, que me ensinou a ver a beleza das músicas de Cazuza. Te amo Guiê!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Cafajeste.

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Impossível de não reconhece-lo: exala charme de longe. Corpo atlético, dentes alinhados, sorriso maroto, olhar que nos arrepia. Juramos que não gostamos deles, que os odiamos, mas não existe uma mulher que não tenha caído em suas garras. E o pior: sabemos o número do telefone dele de cor. Em momentos de solidão e/ou bota-no-popozão recém levado, ligamos pra ele. Ele nos ama eternamente por uma noite. Ele acha que nos usa, mas na verdade (na maioria das vezes, pelo menos) somos nós que usamos ele. Usamos ele pra esquecer de alguém, pra lembrar de alguém, por carência, por necessidade ou até por sermos parecidas com ele.
Ele? Ele. Esse mesmo ao que você pensou. O cafajeste. Aquele que a gente xinga, reclama, critica, odeia. Mas é aquele que a gente liga, quando não tem chocolate por perto.
Mas ei, não se engane: Não é dos cafajestes (nem dos carecas!) que as mulheres gostam mais. É claro que a gente quer o certinho, o príncipe, o que não dorme depois do sexo, o que não te troca sempre pelo futebol, etc. etc. etc.
Mas é aquele tal negócio: Enquanto não achamos o príncipe, nos divertimos com os sapos.
Afinal, que atire a primeira pedra a mulher que nunca precisou de um cafa por um instante!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Metafórico

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Eu já não sou mais o que você pensa. Já deixei de ser a lagoa que deságua no seu mar, já deixei de ser o vento que assopra as suas folhas ou o bibelô da sua estante,
não importa qual a metáfora – apenas deixei de ser.
E o que sou, me pergunta você. Garoto, apenas sou. Sou eu, sozinha, somente eu com um mundo inteiro pela frente.
Faremos assim, me deixa ser, apenas ser, que tal? Sim, quero ser sozinha, singular, sem metáfora nem eira nem beira.
Já não sinto mais nada.
Aliás, mentira. Agora sinto: sinto a liberdade, sinto a energia, sinto a felicidade. É, sinto muito.
Garoto, pensou que eu ia desabar não é? Pensou que eu iria me perder, que eu não conseguiria, blábláblá. Pois te digo: por um segundo também pensei. Mas foi só eu me sentir sozinha, sem teu peso nas minhas costas, que no segundo seguinte já não lembrava de mais nada: parecia que eu fora livre pra sempre.
Então agora sou eu, no sentido literário. Feliz sem nada de figurativo



(obs. Não, eu não terminei com meu namorado, Aliás, nem tenho um. Mas as vezes eu gosto de tomar as dores dos outros. Nem tudo que eu falo aqui é sobre mim ou é verdade, apenas o que tem o marcador ‘eu’ ok? =) )

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

( )


Um vazio. Tudo escuro.
Lágrimas, vontade de fugir.
Tudo silencioso, tudo preto, um buraco.
Desculpe-me, hoje não estou poética,
apenas triste.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Cafeína.


Café.

Sou café.

Tiro o seu sono assim que você me prova.

Sou quente e amarga. Não me adoce demais.

Me bebe amor.

Me toma.

Me ama.

Devagarinho, pra não se queimar.

Mas depressa o suficiente pra não me deixar esfriar.

Sente meu cheiro.

Tenha vontade de mim durante o dia: sou seu vício.

Sou café.

Me toma, me ama.



ps. Desculpe-me a ausência constante. É que ta osso!

domingo, 6 de setembro de 2009

Cinza

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O dia era frio, cinzento. Eu estava escondida debaixo dos cachecóis e casacos tão nublados como o dia que eu observava da janela daquele bistrô vazio. Tomava meu café (mais café que leite, sem açúcar) totalmente alheia a tudo. Eu queria estar alheia.
Precisava estar alheia. Alheia pra esquecer. Eu não queria sol, não queria calor, não queria o colorido de nada. Eu quase me camuflava com tom acinzentado do ambiente, eu era só parte do cenário triste de um dia triste. Mas nem sempre fui assim, eu preferia o sol a tempestade, o calor ao frio. Mas nem um dia de sol brilha eternamente, e o meu sol se apagou. Fugiu com a lua, me deixou a ver estrelas. Me deixou a tomar o café amargo em um lugar empoeirado, só pra que eu não fosse notada. Eu estava lá bebericando meu café com lentidão como se isso fosse um mártir. E você não estava. Num susto, bebi meu café num gole só, e quando não queimei a língua, percebi que estava frio, e amargo. Olhei pra mim e vi que eu estava igual. Então, sai, na chuva, no frio, sai cinza na escuridão, mas algo dentro de mim estava diferente, e um sorriso confuso se plantou em meu rosto, afinal nenhuma tempestade dura pra sempre. Quanto ao meu sol? Agora eu estava atenta: não me queimaria de novo, usaria protetor solar, do ultimo fator. Ou, arranjaria alguém que a lua abandonou, pra se unir a mim a ver estrelas.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Duas décadas.




Sábado, dia 29, foi meu aniversário. Vinte anos.
Estou ficando veeeeeeelha!
Mas ainda bem que meu espírito é sempre de jovem, e isso é o que vale.
Bom, ainda estou meio cansada das comemorações do fim de semana (sábado chutei o balde e aquela coisa toda, afinal tenho vinte anos agora ¬¬), sem muita imaginação e tals, então, parabéns pra mim e blablabla.
E ah, desculpe a demora pra responder os comentários, mas é a correria de sempre. E eu não tenho net em casa, tenho que usar da faculdade. Ou da casa da mamis, quando eu venho visitá-la.
É isso. Beijos!

Ps. Sim, minha mamis sempre faz bolo pra mim. Eu sou a menininha dela pra sempre :)
Ps.2 Essas criaturinhas pessoas na foto são meus irmãos.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Um caso de pedras no laguinho.


Sexta-feira, estávamos todos no barzinho depois da aula bebendo cerveja (eu no caso coca-cola, pois fujo um pouco do tipo básico do universitário, odeio cerveja, não sei jogar truco e não fumo maconha) e filosofando sobre a vida. Até que chegamos aquele ponto que se fala do futuro, e alguém bêbado disse que vai ser rico, casado com uma mulher gostosa e vai ficar domingo jogando pedrinhas no lago com os filhos. E foi nesse ponto que eu me lembrei de uma coisa: eu nunca consegui jogar pedrinhas no lago! A minhas pedrinhas sempre afundaram. Já tentei várias técnicas, procurei as mais achatadas, mas nada, ela nunca deu três pulinhos, ela sempre afundou direto e fazendo muito barulho.
O papo continuava rolando e a galera continuava viajando, mas eu não conseguia tirar a tal pedra da cabeça. Eu me sentia uma adulta frustrada no futuro, como eu iria levar meus filhos no piquenique do lago, e não iria poder impressiona-los com as tais pedrinhas?
Por isso, bolei um plano mirabolante: Sábado de manhã eu pegaria minha bicicleta e iria pedalar até o lago do lado da faculdade (uns 10 min pedalando), só que dessa vez eu não iria lá pra ler debaixo da árvore grande, eu iria me munir de pedrinhas das mais variadas formas e só sairia de lá após fazer a maldita pedra dar 3 pulinhos. Eu estava determinada a isso.
Sábado de manhã, eu acordei, lembrei do meu plano da noite anterior, quando estava me preparando pra levantar veio aquela preguiça e pensei: que as pedrinhas se ferrem (não foi bem ‘se ferrem’ que eu pensei, mas deixa pra lá). Vou ensinar meus filhos a empinar pipa no campinho. E antes que eu pudesse me lembrar que eu também nunca consegui empinar pipa (era papis que sempre colocava ela no céu, e sim, eu fui muito maria-moleque) e pudesse bolar outro plano mirabolante, virei pro lado e voltei a dormir.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Dinheiro e Felicidade

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Aquele grande clichê: Dinheiro trás felicidade? Sim. Afinal ninguém é feliz sem ter dinheiro pra ter o que comer, devendo pra todo mundo. Só que, dinheiro não compra felicidade completa, até porque felicidade é uma coisa muito ampla, muito íntima. Eu, por exemplo, ficaria muito feliz se tivesse dinheiro pra ter um momento mulherzinha total e comprar aquele sapato. Ou então pra viajar para o exterior. Comprar meu tão sonhado carro, ter o cabelo liso sem recorrer a chapinha, ir as melhores festas, comer nos mais charmosos restaurantes, ter aquela casa de frente ao mar. Mas não ter todas essas coisas não me fazem menos feliz, porque felicidade pra mim significa algo muito além de glamour, dólar e vinhos caros. Sei que sou totalmente feliz quando uso meu chinelo e meia, e fico de pijama o dia inteiro no domingo. Ou, quando viajo pra minha humilde casa da praia (isso não foi irônico,minha casa na praia parece um cativeiro, sério mesmo) na companhia das pessoas que amo, ou quando pego minha bicicleta e saio por ai, só sentindo o vento, só pra descobrir lugares novos, prestar atenção ao meu redor. Sou muito, mas muito feliz quando acordo descabelada ao lado das minhas amigas, após passar a noite fofocando comentando sobre a vida alheia, comendo brigadeiro de panela e vendo filmes com atores gatos.
Dar risada é de graça. Ter família e amigos é de graça. Dormir abraçada com quem se ama (o que atualmente no meu caso se resume a minha coruja de pelúcia, o Alfred) é de graça.
A gente tem que pagar por muitas coisas nessa vida, pra nos sentirmos feliz, mas é claro que não podemos esquecer que felicidade está ainda mais presente nas coisas simples e tolas que fazemos, e pra ser mais blasé: são essas coisas simples e tolas que valem muito mais e que dinheiro algum compra.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Imagem, som e expressão.

Sexta na faculdade eu tive uma aula muito muito boa: Imagem, som e expressão (não sei se é essa a ordem, mas ta valendo). A aula do tipo totalmente descontraída, e o professor totalmente maluco moderno. Foi uma aula realmente fora dos padrões, com o professor cantando, falando palavrões e frases que nos fazem pensar, frases provocativas (no bom sentido, claro) que aguçam nossas opiniões. Realmente muito legal, tão legal que dessa vez eu nem fugi no intervalo, e senti um desânimo quando a aula acabou, porque eu queria mais e porque eu queria continuar olhando o único bonitinho da turma.
É uma pena que essa matéria seja de sexta-feira, já que eu vou ter que perder algumas pra viajar para os campeonatos. É, essa vida de atleta e universitária não é nada mole.
(mas eu estou adorando).

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

E tinha um caco de vidro no meu caminho.

"As coisas estavam tão boas que podiam se tornar muito ruins porque o que amadurece plenamente pode apodrecer. " C. Lispector.

É, Clarice sempre tem uma frase que combina comigo.
Sim gente, minha fruta estava tão madura, que subitamente apodreceu. Deixe-me explicar: A alguns dias atrás, mas precisamente no dia 20 de junho, depois de muito sacrifício eu me classifiquei pra lutar o camp. brasileiro sub 23 em BH, com tudo pago, uma mordomia só. Desde então tenho treinado muito pra fazer bonito lá, é claro, e essa semana já estava tirando o pesinho de sempre, (sofrendo a tpp de sempre), correndo, treinando e coisa e tal. Eu iria viajar ontem a noite.
Iria. No passado. Por que enquanto eu fazia a minha caminhada matinal até a balança da farmácia, no meu chinelo de sempre, surgiu das trevas uma garrafa de skol quebrada, e eu pisei nela, e um caco do infernos entrou no meu pé. E agora eu tenho que ficar com o pé quieto por quatro dias. Ou seja, perdi meu brasileiro. Tudo que estava certo, deu errado. E sabe o que é muita ironia? Eu odeio cerveja. Agora eu odeio mais ainda.
Não me apareçam com uma garrafa de skol, que eu sou capaz jogar ela na sua cabeça. Sério.
Ok, eu estou chateada, com raiva do mundo e dos bebedores irresponsáveis de skol que deixam as garrafas partidas no chão e partem o coração de jovens atletas, mas eu sei que Deus não faz nada de mal pra gente. Já quase me conformei com isso, e sei que deve ter sido pra evitar algo pior. Sei lá. Melhor pensar assim do que acabar afogando ás mágoas em um balde de chocolate e tomando coca-cola. Se bem que estou quase nessa segunda opção.
Mas, como diz o meu 'sensei', Bora lá, tem mais campeonatos pela frente, não posso desanimar com qualquer caco-de-vidro-no-meu-pé pelo caminho.
E claro que as desgraças sempre servem pra alguma coisa, eu aprendi por exemplo a andar de tênis até a balança da farmácia.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Protesto contra a falta de atenção dos homens.



Sério, isso é um tanto clichê, mas vocês homens não imaginam o quanto nós sofremos pra ficar bonita. E como nós sofremos mais ainda, se depois que nós somos depiladas, tingidas, esfoliadas, cutucadas, esticadas, maquiadas e todos os 'adas' que se pode ter em um salão de beleza, vocês nem notam, ou fingem não notar. Isso dói tanto quanto tirar a sobrancelha com pinça, então, cara isso dói mesmo. Então por favor, deixemos de lado essa falta de atenção e esse orgulho machista, e nos elogiem. Digam que estamos bonitas, ao invés de reclamarem o quanto nós demoramos pra nos arrumar. É obvio que demoramos né! Enquanto vocês tem que decidir entre Bermuda ou calça, nós temos que decidir entre shorts, capri, calça, leggin, bermudinha, saia, vestido, balonê ou liso? Com estampas ou xadrez? Pretinho básico sexy será? Ai mais me deixa gorda. Me deixa vulgar. Aparece aquela celulite? Chapinha ou natural? Qual sapato? Então queridos, não se gabem por ficarem prontos em 10 minutinhos. Vocês nem de longe tem tantas opções como nós temos. E aposto que se a gente colocar a primeira coisa que vê pela frente, sair bem relapsa, vocês reparam em como a gostosa do lado está bem, e como nós estamos mal. Bom, se bem que mesmo quando estamos arrumadas, vocês não deixam de olhar pra gostosa do lado, mas vamos ignorar esse fato, afinal o protesto é outro. Então meus queridos do sexo oposto, pensem que é melhor a gente demorar duas horas meia hora pra se arrumar e sair toda gatinha, do que não demorar e sair feiosinha. E não se esqueçam, é bom vocês repararem e elogiarem, pra que a gente não se revolte, tik?


obs. sim, eu fiz a sobrancelha hoje, e isso dói mesmo, por isso essa revolta.


domingo, 2 de agosto de 2009

Explicativo rapido ;)

Meu lado criativo está com uma pane no momento, tudo que eu consigo pensar e em não sair debaixo do meu cobertor. Assim que meu cérebro começar a descongelar, eu posto algo com conteudo, tik?
Ah, só pra constar: Segunda-feira começam minhas aulas, Jornalismo MESMO SEM PRECISAR DE DIPLOMA. Bom, na verdade pra mim começa na terça-feira, já que meu fim de semana na casa da mamis vai se estender um poquinho :)
Beijos pessoas, até breve COM CONTEUDO prometo, haha.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Sentido.


Eu brincava que você era meu.
Quando eu te via, tudo mais era preto-branco, eu só enxergava seu cheiro, só sentia tuas cores, só ouvia teu calor, só me aquecia com a tua voz.
Tudo bagunçava meus sentidos, minha razão, minha lógica.
E eu, sempre tão forte, tão ao acaso, só via os outros como mera distração, diversão até. Mas com você por perto eu viro do avesso.
Você senta do meu lado, eu estremeço por dentro. Você percebe, se atreve, chega mais perto, eu quase quase posso sentir que você é meu, mas penso o quão isso é irreal.
Eu sou tão comum.
Você, tão surreal.
Mas o mundo é tão ilógico.
E então, no meio dos meus secretos devaneios o seu lábio encontra o meu.
Sonhei?
Não.
Em silencio nos damos a mão. Você me sorriu.
Eu sorri de volta: não precisava ter brincado, você já era meu.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Inverno.


imagem:http://gettyimages.com.br


A gente começa a tirar os casacos empoeirados do armário. O toddy (que é bem melhor que nescau) geladinho é trocado por um chocolate-quente.

Em casa, não estamos nem aí, o que mais nos importa é ficar aquecido. Nada de glamour: visto um casaco velho, manchado, porém muito aconchegante, meia-calça e calça do pijama que era da mamãe.

Dizem que é a estação em que a gente se veste mais chique, mas não sei onde isso se enquadra a mim: o que me deixa mais arrumada, me faz passar frio. Se quero ficar quentinha, acabo saindo de casaco, calça e tênis. As vezes bota, mas ela nem combina muito com meu melhor casaco.

Nessa estação que tenho inveja das pessoas que tem namorado, principalmente nos sábados a noite, que são frios demais pra sair, então eu acabo passando sozinha enrolada no cobertor, vendo zorra total. Da vontade de ligar pra aquele cafajeste bonitão que toda menina conhece, mas ai meu senso fala mais alto. Desligo a Zorra-Total e vou dormir (não sem antes devorar uma barra de chocolate, pois quem nem tem um, compensa com outro, se é que você me entende.)

Mas, apesar dos pesares, eu gosto muito do inverno. Mais que do verão, talvez. É bom sentir aquele ventinho gelado no rosto, é bom esquentar a alma com um bom café. É bom não ter que ficar suando, como no verão. Nem ficar ouvindo axé e funk a toa. Nem ter que agüentar pessoas dançando na rua, ou meninas magrinhas exibindo seu corpitcho. No inverno todo mundo parece gordinho mesmo.

Então, que venha o inverno!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Cheiro.


imagem:http://gettyimages.com.br


Senti seu cheiro, e de súbito parei. Não esperava por essa.
De repente as cicatrizes arderam, talvez até sangraram um pouco por dentro, não sei. Mas era seu cheiro, e eu não pude evitar. Não pude colocar a minha armadura. Foi o destino me atacando pelas costas.
Olhei em volta de boba que sou, pois sabia que era impossível de você estar ali. Eu fui embora, lembra? Fui pra longe.
Coloquei band-aid nas feridas e fui, e achei até que já tinha tudo cicatrizado, mas percebi que eu sou tão boa mentirosa que menti pra mim mesma. Eu podia sentir a dor de novo.
Eu sentei. Agora além de seu cheiro, era como se eu te ouvisse também, sussurrando palavras doces no meu ouvido, só porque você sabia que isso me deixava arrepiada. Eu olhava pra você, e você sorria com ironia, mas uma ironia inocente. Eu achava que seria pra sempre, você me disse que seria.
Mas não foi. Não existe pra sempre, nós tínhamos inventado aquilo.
Respirei fundo, como pra captar um outro cheiro e esquecer do seu. Não funcionou. Respirei fundo novamente, mas dessa vez pra sentir melhor o seu cheiro, pra se lembrar de como fomos felizes, das tardes inteiras que passamos juntos, rindo por coisas banais, abraçados. Pra se lembrar de como me sentia segura do seu lado. Mas sem querer lembrei-me também porque agora estava sozinha. Pura e simplesmente a magia havia acabado, foi-se cada um pra um lado, eu não queria mais te ver, você me disse tchau sem nem olhar no meu olho.
Tensa, tapei a respiração. Fechei forte o olho, eu havia prometido a mim mesma guardar somente os momentos felizes, mas nem tudo era fácil.
Já quase sem fôlego, levantei, respirei bem fundo, enchi o pulmão de ar, já sem diferir cheiro nenhum. Melhor assim.
Sai correndo, sem olhar pra trás.

terça-feira, 23 de junho de 2009

E o sacrifício valeu a pena!



Um amigo meu sempre diz: A vitória está disponível pra quem está disposto a pagar o preço. Ou algo assim.

Mas uma coisa eu sei: a vitória não é nada barata. Por isso que quando estamos lá no lugar mais alto do pódio, a sensação é indescritível. Cada um sabe o esforço que teve pra chegar lá. Ganha quem treina, quem sofre,

quem persiste.

E, obrigada meu Deus, eu ganhei essa etapa. Foi difícil, foi mais difícil ainda minha luta contra a balança, o peso que não saia. Tive que correr antes da pesagem por causa de 300g. Eu já não tinha saliva na minha boca, já não conseguia fazer xixi, as pernas já não respondiam mais. Mais eu tive correr, eu não ia desistir por causa de 300g. Corri chorando as lagrimas que eu já não tinha, contei com a ajuda dos meus amigos que me deram forças. E consegui. Em um dia o sacrifício de semanas de treino foi recompensado. Fui hexa-campeã catarinense, na categoria sub 23 até 48kg. Me classifiquei agora pra uma etapa ainda mais difícil: o Brasileiro. E eu sei que o preço dessa vitória vai ser ainda mais caro, mas eu estou disposta a pagar. Então, que venham os treinos, os roxos na perna, os sacrifícios, a ausência de batata-frita e coca-cola, o cansaço, porque o gosto da vitória e a sensação de dever cumprido supera tudo isso.

terça-feira, 16 de junho de 2009

TPP

TPP: Tensão Pré Pesagem. É isso que eu tenho agora.
Pra quem não sabe, deixe-me explicar: No judô, as categorias são divididas em peso e idade. Eu luto na categoria até 48 kg. Só que eu nunca tenho 48 kg. (Ou melhor, eu nunca tinha, quando eu era uma judoca relaxada e sem preparador físico e nutricionista, mas nos próximos meses a coisa vai melhorar). Mas enfim, o mal de quase todo judoca é deixar pra perder s kilos na última semana, e eu falo de 4, 5, 6 kilos em 5 dias mais ou menos. A gente reduz muito nossa alimentação (praticamente alface e tomate é o que eu to comendo), e tem que treinar com muitos casacos, e correr muito. Quando eu digo muito, é muito mesmo. E isso meio que estressa.
Eu, por exemplo, sou muita chata quando eu tenho TPM. Mas quando to de TPP sou 10 vezes pior. Não tenho paciência pra falar com ninguém, pra ser simpática com ninguém. E é sempre nessa semana que as pessoas vem te oferecer chocolates, te convidar pra almoçar, te vender guloseimas (aquelas que nunca aparecem quando você tem dinheiro e/ou pode comer). Eu tenho vontade de matar a Ana Maria Braga toda manhã quando eu ligo a TV. Eu to morrendo de vontade de pular no pescoço das 5 pessoas que estão agora na mesa da frente, comendo bolo e brigadeiro. Brigadeiro. Pegaram pesado comigo.
Bom, a gente sempre tem vontade de desistir no meio da semana e comer um x-salada. Tem um hora que as pernas não respondem mais, e que você tá tào desidratada que não sua muito. E o pior é que a gente sabe que ta errado, mas sempre faz.
Tá, agora eu não vou poder mais fazer isso. A TPP vai diminuir no próximo campeonato, se não o nutricionista me mata.
Só vou contar um segredo: Isso tudo é ruim, mas na hora que a gente se pesa, e o peso bate, e depois a gente pode comer.... Não tem como descrever a sensação. De verdade. Só quem é judoca sabe. Mas enfim, nunca façam essas dietas loucas ok?
Bom, desculpem a ausência toda (culpa da TPP), mas os treinos tão pesados mesmo, e eu to sem tempo. Mas volto assim que puder, no mais, me desejem boa sorte no campeonato de sábado, e na pesagem também :)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Olhos


imagem:http://gettyimages.com.br



Não sei bem onde foi que eu errei: me concentrar no seu sorriso branco alinhado perfeitamente, ou no seus olhos azuis, um azul claro, mas que me ofuscou o pensamento.

Tu não devias ter me olhado tão intensamente. Não sei se a malícia que eu vi no fundo dos teus olhos enquanto me lançava um sorriso juvenil foi algo que criei, mas sei que foi ali, naquele momento. Foi naquele momento que eu disse a mim: Não olhe demais, não pode se apaixonar agora. Mas foi exatamente naquele momento enquanto eu repetia bobamente na minha cabeça que eu não queria me apaixonar, que acabou acontecendo.

E eu sempre volto pra casa, imaginando que essa paixão foi algo que criei, pra me distrair. Pra não me sentir tão sozinha, pra apagar o vestígio de uma certa paixão que ainda vive em mim.

Alguém me disse, que isso pode aumentar mais a ferida. Que era melhor eu ficar na minha, quieta, vazia, sozinha. Sozinha eu me encontro mais? Pode ser, desde que eu fique longe dos teu olhos azuis. Porque, meu bem, assim que eu te vejo,e tu me olhas, me perco completamente. E nesse momento, não quero nem pensar em me achar, parecer perdida é mais convidativo.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Mudando-me!




Então, venho aqui as pressas dizer que dentro de alguns minutos estou deixando a úmida Joinville, para me aventurar nas terras de dias ensolarados e noites frias de Florianópolis. Ok, vamos ignorar o glamour. Estou saindo hoje de Joinville-cidade-da-chuva e indo para meu quarto-cozinha-banheiro em Palhoça, grande Florianópolis. Deixando a casa da mamis, papis, 3 irmãos, e minha cadela-mostro Baboo (porque ela parece tudo, menos uma cadela).
E nessas horas, bate um medo. Um medo que de tudo errado. Um medo da solidão. Um medo de ver que se está crescendo. Um medo de ter que lidar com minha própria pilha de roupas sujas e miojos no meu armário (isso quando eu tiver um, é claro).
Mas, vou, com fé em Deus que tudo vai dar certo. E com as saudades já no coração.
Mas, ainda bem, que é só uma hora e meia que me separa de chuville. E da comidinha da mamãe.
Então, hasta-la-vista baby!
Desculpa se eu não responder os comentários. Prometo que assim que puder, levo meu note-velho-book pra faculdade.
Beijos, e até mais!

Obs. é incrível a quantidade de coisas que podem caber em um siena. Estou falando sério. No da minha mãe tem um microondas, uma TV 29', uma máquina de lavar, e muitas, muitas tralhas.

sábado, 23 de maio de 2009

Lar da Praia.




Geralmente acordava perto do meio dia. Ou duas horas. Dependia da hora que chegara na noite anterior.
Ainda de pijama (que não passava de uma blusa velha e um short sem elástico) ia até a cozinha tão rústica quanto o resto da casa, e se servia de um pão com margarina. Quando a mãe estava de bom humor, tinha também pão doce e requeijão. Se fosse o pai que estivesse comprado então, tinha até bolo. Mas não se importava com o que ia comer, só se importava em estar ali, fazendo nada e sendo feliz.
Sentada na mesa da varanda, ainda com preguiça, verificava o tempo. Na maioria dos dias em que passou lá, o calor era forte, e o sol, escaldante. E nessa tarde não era diferente.
Trocou o pijama pelo biquíni, se achou gorda quando olhou no espelho. Normal. As primas também estavam se trocando, e alguns minutos depois já seguiam aquele caminho de terra, que parecia sem fim, até a praia.
Esticava-se na areia, já tinha um bronze invejável. Enquanto se unia com o sol, pensava na vida, pensava se iria ver ele naquela noite, ou se tivesse sorte, no fim da tarde, naquela mesma praia. E pensava também na ironia que era, os dois compartilhavam desse mesmo mar, mas eram tão distantes um do outro!
Quando já não agüentava mais, ah, ia para o mar, se jogava, mergulhava. Mar verde, mar lindo, e quando tinha sorte, mar calmo como uma piscina. Quando estava ali não queria mais pensar que havia outro mundo. Se achava rainha do mar. Isso, é claro, durava até sentir frio e voltar a se unir com o sol, na areia sem fim.
Ficava lá, com suas primas. Caminhava na praia. Encontrava também a mãe, pedia um real e tomava mate com limão.
No fim da tarde, chegava em casa, se jogava no colchão da varanda, cansada, consumida pela praia. Tomava um banho bem bom naquela água cor de ferrugem, e recuperava as energias, para sua volta noturna pela mesma praia. Shorts, blusinha e chinelo geralmente. Sua marquinha de biquíni, claro, a mostra.
Lá ia ela, livre de tudo, embaixo do céu coberto de estrelas. Via ele, se desconcertava. Voltava pra casa e pensava nele. Entre fofocas com suas primas, dormia, para começar tudo no dia seguinte.


Obs. Foto de um desses verões que não voltam mais ;/

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Protesto contra os sem-noção-do-celular

imagem- http://gettyimages.com.br

Tudo bem, eu já estava acostumada a andar de ônibus por Tédioville sendo obrigada a ouvir celulares e mp234435 tocando o funk do titanic ou músicas com conteúdos igualmente, hum, profundos.

Mas eu percebi que o clubinho do celular não se limita aos ônibus urbanos e ciclovias. Não, eles tem que ir além, expandir. Eles tem que atacar também em ônibus inter-municipais.

Eu achando que ia ter paz quando sentei na minha cadeira-leito. Eu que já tinha me ajeitado e me preparava pra um bom cochilo. Mas não, nada de paz hoje. Nada de cochilos. Vamos até Florianópolis ouvindo a trilha sonora do mala do banco da frente. E mais legal: ouvindo ele assobiar no ritmo das ‘músicas.’ Sério. Mais de duas horas.

Será que essas pessoas não se tocam na falta de respeito disso? Quero dizer, eu não sou obrigada a ouvir a trilha sonora dos outros. Alou, não foi pra isso que inventaram os fones de ouvido?

E eu juro, eu quase enfiei os meus na orelha daquele cara.

Então, por favor: se você conhece algum sem-noção do celular, de fones de ouvido pra ele. E comida também, pra deixar a boca dele bem ocupada :}

Ou então, pelo menos compartilhe algum mp3 com conteúdo com essa pessoa. Eu não agüento mais o Funk do Titanic.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Recomeçando!

Alô!
Como se pode ver, não existe mais o Dulvis Vita. Ele virou coffee is my boyfriend ;)
Bom, a principio, eu não ia mudar nada no blog. Mãs, como eu estou entrando num nova fase, numa reviravolta por assim dizer, resolvi mudar o Blog também. 
Vou contar: Até o fim do mês me mudo pra floripa (tá tá, é palhoça, mas ngm conhece, então nos referir como floripa sim? afinal é do lado), porque consegui uma bolsa na Unisul, e vou fazer jornalismo, e me mataaaaar de treinar, afinal, foi ralando a cara no tatami que consegui a bolsa, e vou ter que ralar mais ainda para mante-la. Também vou ter que manter o peso (na teoria, luto até 48kg, mas bom quanto estou pesando hj? prefiro não comentar ;x), e malhar todo-santo-dia, para minha tristeza. E ainda estudar. Muito. Já me falaram que jornalismo lá, não é mamata. 
Ah, a principio vou morar sozinha, num quarto-cozinha-banheiro. Vou ter um caso de amor com o meu microondas, já que não terei fogão ainda. Graças a Deus o almoço eu ganho na faculdade :D
Então, tive que mudar o blog, pra acompanhar essa minha nova vida. O outro eu estava sem atualizar direito, talvez pq a minha vida também não era muito atualizada. Mas agora, benhê, acho que terei muitos assuntos :)
É isso, post sem graça, I know. Mas eu tinha que explicar algo.
Bom, bye bye, amahã eu me mando pra floripa, tem festinha na praia, treino e casas a fechar contrato.  Prometo que não vou demorar tipo uns 3 meses pra postar de novo :)
Segunda eu volto :D

domingo, 5 de abril de 2009

Chão.



E então tudo que não fazia sentido, aos poucos vai tomando cor. Perguntaram se eu tava feliz, e eu numa mudez dolorida respondi que sim - pra depois descobrir que mentia.
Não ser eu me dava uma felicidade ilusória. Uma felicidade instantânea.
Mas eu, ah eu não quero quietos instantes de felicidade.
Foi então que desci do sonho, do pesadelo, do devaneio, ou do estado sem-nome que me encontrava. Desci ou me empurraram, não sei, mas o fato é que senti meus pés no chão.
O chão gelado, duro, que me encarava com tibieza, mas era o chão. Custei ficar em pé, trepidei alguns instantes, quis correr, voltar, fugir. Mas quando encontrei o equilíbrio e pude então ficar de pé sem ninguém pra me apoiar, comecei a ser.
Estou sendo, então.
E no começo, a solidão que parecia um vácuo sem fim, foi se tornando liberdade.
E eu, aos poucos, fui me libertando de mim. Ficando livre para ser
EU.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Fim.



Foi no nosso abraço gelado que o mundo parou. Não do jeito de antes. De repente erámos apenas dois estranhos, apenas tentando entender. Onde foi que erramos?Não posso colocar a culpa em ti. Não posso colocar a culpa em mim. Fomos nós dois juntos, que na ânsia de nos achar, acabamos nos perdendo de vez. Nesse momento, não falamos nada. Não adianta tentarmos explicar, não adianta tentarmos nos justificar. A um vazio bem no meio de nós, uma barreira que com o tempo nós criamos. Eu olho pra ti por alguns segundos, aí é fatal: então nos damos conta. Acabou.A gente chora, uma lágrima quente no abraço gelado.Então, com um silêncio ardido, nos despedimos. Você faz menção de falar algo, mas desiste. É melhor.E assim eu vou, tentar ser somente eu. Sem olhar pra trás.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Make-down.




Maquiei minha tristeza com um batom vermelho. Quando me olhei no espelho me senti até
bonita, mas lembrei que era só maquiagem, e fiquei sem chão.No tudo preto-e-branco que eu via, minha boca se destacava com um vermelho amargo, quase,
quase dava pra fingir que era feliz.Quando eu te vi, não tinha batom pra retocar, mas acho que daria pra ter te enganado um pouco, se eu não tivesse saído correndo.É que ta tudo em mim ainda.Testei meu batom em outras bocas, mas só via a tua na minha frente, então eu não entendia nada.
Não adiantava toda aquela minha maquiagem: era vísivel agora.
Então eu peguei tudo isso que se mistura no meu estômago, quando te vejo assim feliz, sem
maquiagem, sem máscara, sem nada,
(sem mim!)
e coloquei dentro da minha gaveta. Só não sei em que lugar da nossa história esqueci a chave.