sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Eu quero!


O que eu bem quero é me sentir! É sentir a vida em mim! Dançar descalça até ter calos nos pés, dançar pra mim. Quero fugir só para olhar a lua em um céu mais límpido. Quero ser a Lua. Quero ser a chuva e o vento. Quero colocar uma roupa e me sentir bem, quero ser elogiada e subir na balança sem medo. Quero não mentir meu peso, quero soltar meus cabelos ao vento.
Quero cantar em voz alta, quero gritar, gritar, gritar! Quero ser astronauta, quero ser advogada, quero ser detetive, quero ser mais Cristina do que tenho sido.
Quero andar pelo outro lado da rua, quero mudar meus caminhos, quero sair da rotina. Quero xingar bem alto, quero sonhar ainda mais alto. Quero bater na sua porta, te dar um beijo e sair correndo. Quero rir sem motivos, quero chorar até!
Quero sentir a vida, quero viver o sorriso, quero não ter medo do novo e lembrar do velho com carinho. Quero sentir saudades, reviver os momentos!
Eu quero, eu quero, eu quero!

quarta-feira, 26 de setembro de 2007


Oba! A linda Amanda Beatriz me presenteou com o certificado de que meu blog está entre seus melhores momentos virtuais. Fiquei muito feliz! Obrigada Bia!
Bom, vou escolher 5 blogs entre os muitos que estão entre os meus melhores momentos virtuais:
- A Ótica de Um Míope;
-Sim, Senhora!;
-Rainha de Copas
-Subindonotelhado;
-Vida Pública.

E mais uma vez, Obrigada!
beijos.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Cor-de-cinza




Hoje a praia estava cinza. Mar cinza, areia cinza, céu cinza. Tudo cor-de-cinza. Vestida em cinza, estava só, em sua própria areia e água sem fim. Solitária, mas em paz, tranquila. Sozinha, em cinza, se descobria. Podia olhar para si, sem o colorido do Sol, sem a invasão daqueles que só a procuravam quando estava bela e sorridente, quando estava quente e bem nutrida de guarda-sóis. Assim, cinza, a praia podia ver quem realmente gostava dela, quem sentia necessidade dela, quem fazia parte dela, em todas as estações. Assim, cinza e fria, sentia o calor, o calor de si mesma. Se desvendava aos poucos, a praia. Em cada onda, uma agitação. Em cada rajada de vento, um arrepio, arrepio diferente. A praia já tinha ficado cinza antes, por muitas vezes até, mas dessa vez, se lhe perguntassem, não saberia explicar, era diferente. Dessa vez, prestou realmente atenção. Dessa vez, não deixaria se enganar pelo sol radiante, ah sol, vem me queimar, vem fingir que me traz alegria pra depois ir embora sem explicação? Me aquece, me colore, me habita e me deixa, Sol? Eu sou verdadeira sem você Sol, eu sou feliz sem você Sol, e eu nem preciso de você para que outras pessoas precisem de mim, Sol. Os que me amam, buscam minha essência e não minhas cores, Sol. A praia pensava enquanto olhava para si. Mais uma onda forte, mais uma pegada fiél na sua areia. Sim, Minha areia!
A praia, hoje descobriu seu eu. A praia hoje, estava bela, e sabia disso, mesmo que alguns só enxergassem solidão e melancolia em sua escala de cinza. Mas era beleza, e melhor, a sua beleza. E eu, cúmplice dessa descoberta, escondida ali, entre seus coqueiros, invejei a praia. Mas, de certo modo, sou a praia, sou cinza e bela. De certo modo.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Vontade de escrever.




Algumas pessoas são ótimas em dar conselhos. Outras cozinham como ninguém. Tem aquelas que transformam linhas sem graça em desenhos magníficos. Cada pessoa tem um dom, mesmo que não saiba, mesmo que ainda não o tenha descoberto. Eu não sei ao certo qual é o meu, embora eu saiba fazer brigadeiro como ninguém. Mas uma coisa eu sei que gosto: Escrever. Escrever pra mim mesma, escrever pra aliviar minha alma, escrever pra expor meus sentimentos. Colocar um pouco de mim em páginas em branco. Dar um pouco da minha vida ao papel. É como se assim, pudesse ver meus problemas por outro ângulo, pudesse sentir minhas felicidades de outra maneira.
Várias vezes já me vi sentada em um quarto vazio, tendo apenas a companhia de um papel e de um lápis. Companheiros leais esses. Sabem me ouvir como ninguém. E mesmo quando estou ás lágrimas, sabem como me acalmar.
Também sabem compreender quando estou muito feliz, e sempre compartilham dessa mesma felicidade. E com o passar do tempo, me mostram onde errei e me ajudam a traçar objetivos futuros.
Creio que não escrevo tão bem como faço brigadeiros. Mas ambos me dão imenso prazer, e às vezes até confortam quem está em minha volta.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Ocupar a cabeça para esquecer o coração.




Acho que começar a trabalhar fez com que eu recobrasse a minha sanidade. Sim, cheguei a achar que estava louca, de tanto que você não saia da minha cabeça. Cheguei até a chorar quando vi a sua indiferença. Eu devia estar assim porque estava com a cabeça desocupada demais, dei muito espaço ao meu coração, que foi rápido e se encheu de você, chegando a te transbordar para a parte lógica da minha cabeça. Mas agora, passou. Não, não tudo eu sei, mas pelo menos voltei ao ponto em que estava antes de quase perder a razão. Sabe, ver você todo o dia é a parte mais difícil, mas já estava me acostumado, já estava aprendendo a manter uma distancia entre eu e você. Mas aí você vem com esse seu jeito e estraga tudo. E eu, com essa cabeça oca, me deixei levar. E eu te acho uma pessoa tão vazia! Acho que essa é a minha necessidade de você, ser teu complemento, ser tua essência, preencher esse espaço que até então eu pensava que fora feito exatamente com as minhas medidas. Mas tu com essa apatia em relação a mim me mata. Por isso, vou ser radical agora. Ou vai ser do meu jeito, ou não vai ser mais. Vou resistir de você, mesmo sendo difícil. Veremos se isso será o fim de tudo, ou apenas o começo de muito ainda.
Por enquanto, ocupar muito a minha cabeça pra nem olhar para o meu coração.

sábado, 15 de setembro de 2007

Ainda to viva!





Desculpem minha ausencia...
Estou um tanto quanto sem tempo. Comecei a trabalhar, e em seguida tenho treino, então quando chego em casa não me demoro a cair na cama, e durmo feito uma pedra para no outro dia começar tudo de novo..
Tenho tantas coisas pra falar, tantos pensamentos! Quero retomar minhas visitas quase que diárias aos meus blogs prediletos... Logo logo me acostumo com esse novo ritmo.
Beijos, e até mais!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Fantasmas do passado


É sempre assim. Quando passava algum tempo, quando ela fingia que não se lembrava dele, ele cismava em aparecer.
Ela já estava quase acustumada a viver sem ele nos seus pensamentos, já não era nele que pensava enquanto rolava de um lado para o outro sem conseguir dormir. Já não era ele a primeira imagem que vinha a sua cabeça quando acordava. Estava se curando, sim ela sabia. Não que ela tivesse deixado de pensar nele, mas isso acontecia com bem menos frequência. A imagem dele já não estava tão nítida como antes. Pensar nele dóia um pouco ainda, mas não fazia surgir lágrimas nos seus olhos. Apenas um aperto leve no coração, que ela já nem ligava.
Sim, estava passando. Se sentia feliz por estar conseguindo!
Como a pobre menina odeia esses fantasmas do passado. Fantasmas sim, pois ela já o considerava morto dentro de si, mas ele tinha que vir assombrá-la! Justo agora!
Coitada dela, quase se rendeu. Mas lembrou, que todo amor que tinha depositado nesse fantasma, virou amor próprio. Demorou um pouco sim, mas ela não prentendia jogar tudo que aprendera no lixo.
Mesmo um pouco insegura, mesmo com vontades chatas que a importunavam, resolveu que não iria dar bola para fantasmas. A menina ia procurar gente viva, gente de verdade, que lhe mostrara grandes perpectivas de futuro, e não grandes lamúrias de um passado. Mas sempre cautelosa, pois aprendeu bem. Dessa vez, iria deixa-lo bem enterrado em seu passado!