segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

sorriso ao sono



É que tenho tanto a dizer mas penso penso penso e não digo. Porque não digo não sei dizer, mas já pensar em dizer é uma maneira de dizer sem precisar dizer nada mas dizendo tudo entende o que eu digo? como entenderia seu eu não disse nada. como entender a amplitude do nada e do tudo ou todas essas coisas que eu escrevo só pra mim mesmo ou para mais alguma alma que vai vagando entre redes sem fio de internet, perdida entre ao muros invisíveis que a rede social cria, um monte de pessoas com celular de touch screen mas sem toque sem calor da pele sem energia de abraço sem tanta tanta tanta que eu penso em não digo, mas penso e pensar me pesa às vezes mas tento não deixar esse tanto ser pesar, apesar de

O que fazes aqui? Por que está passeando entre meus pensamentos? O que queres aqui, talvez um pouco de alma? São só palavras perdidas escritas numa madrugada de domingo solidão e barulho de chuva. Que queres ainda por aqui? Que queres saber de mim? Não sou nada daquilo que você pensa enquanto lê coisas que eu penso, ou melhor, sobre as coisas que eu penso e não falo, mas se você está aqui, você também não fala, e estamos ambos presos nesse muro invisível da internet, computador, festas com copos de plástico e sorrisos esfumaçados pelos neurônios queimados em cada festa que a gente está mas não queria estar, mas mesmo assim estamos, e quando estamos, não somos
Ou somos? Assumimos ou sumimos? Você já sumiu?


Não. E não vou te dar as respostas que você tentou encontrar. Sou a própria pergunta. Soul. Do you know, baby? Sabe nada. Porque cada palavra aqui vem carregada de muitos pensamentos. Eu não sei falar inglês, sorry darling. Entre as linhas. Entrelinhas.


Entre.
Eu já perdi a linha


quem de nós
desatará os invisíveis nós?