segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo!


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Roupas brancas e lentilha. Não-sei-quantas-ondinhas e muitos fogos. E de repente a certeza de que a vida passa muito rápido. E o friozinho na barriga pelo começo de mais um ano inteirinho pela frente. Mais um ano que vai passar rápido. Mas fica aquela sensação de vida. Aquela sensação de mudança, das resoluções de sempre do novo ano. Entre champanhes, um sorriso: que venha mais um ano novo!


Ps. Esse blog está de férias, pois passarei uns 10 (ou mais ) dias na praia. Se eu for na lan house der tempo eu passo aqui.
Beijos (:

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Pisca-pisca.




A luzes brilham piscando e hipnotizando. Os brinquedos reluzem na vitrine, os pinheiros sustentam neves de mentirinha e tudo é mais vermelho do que nunca.
No meio de tantos Jingle Bells e Merry Xmas, da confusão pela busca do melhor presente, tem sua atenção tomada por um contraste, um contraste social. Aquele menino sujinho deixou o seu carrinho de sorvetes estacionado na sombra, e estava olhando, um olhar vago, para a vitrine da loja. Chegou perto dele, que estava absorto demais para notar a presença de mais alguém.
- O que você tanto olha? É esse cachorro de brinquedo que faz tudo sozinho?
O menino assustado, olhou-a com curiosidade e disse-lhe que não, já tinha um cachorro em casa, um cachorro de verdade, e amava-o tanto que não precisava ter um de brinquedo.
- Seria esse carrinho de controle remoto?
‘Não’, disse a ela. ‘Não, eu faço os meus próprios, e eu me divirto comandando eles sem ter que aperta nenhum botão. Não gosto de brinquedos que brinquem por mim.’
- Um vídeo-game, então?
‘Vídeo-game?’ Ele olhou a com uma cara engraçada. Ficar preso dentro de casa apertando botões não é comigo, eu prefiro correr na rua e fazer minhas própria aventuras.’
-Então, menino, diga-me o que tanto olha?
‘A Luz’, respondeu ele como se fosse muito óbvio.
- A luz? Perguntou ela sem acreditar muito.
‘A luz’. Eu queria que ela brilhasse todo dia desse jeito, não somente no natal, não somente na vitrine, mas no coração de todos nós.’
E assim, ela foi embora com sacos de presentes nas mãos, mais com algo muito mais valioso e que não apagaria após o natal: A luz que piscava dentro dela.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Aquela Música.

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E então eu ouvi aquela musica e me lembrei de você. Me lembrei daquele dia,em que você me chamou pra sair. Estava um pouco frio, um clima meio úmido. Eu desci no ônibus, e você estava me esperando no banco. Vi seu rosto iluminar quando cheguei. Vi seu sorriso tímido se abrindo em um oi mais tímido ainda.
Caminhamos sem jeito pela orla da praia, falando de assuntos banais. Resolvemos nos sentar em um barzinho, pedimos coca-cola e uma porção de fritas. E foi aí que tocou a musica. E nós dois nos olhamos e falamos: Nossa, eu adoro essa musica. E desde então, fiz dessa musica a nossa musica, e aposto que você também.
Nesse dia, você disse que me amava. Me pediu uma chance. Me pediu um beijo.
Eu fiquei sem jeito. Disse a você que eu não queria me envolver com ninguém, mas na verdade eu menti. Eu já estava envolvida. Ele era um cafajeste, eu sei, mas aqueles cachos embaraçavam minha mente. Nisso eu troquei o certo pelo duvidoso, e até hoje eu sinto uma ponta de arrependimento.
Depois desse dia, você me evitava, e eu não tirei sua razão. Uma vez você me confessou que falar comigo doía. Sentir meu cheiro doía. E ver que eu seguia em outra direção, que eu gostava de quem não me merecia, doía mais ainda.
E hoje,depois de tanto tempo, que eu vejo realmente que você estava certo. Que eu devia sim, ter dado uma chance a quem gostava de mim de verdade, ao invés de me preocupar somente com a embalagem bonita de outra pessoa aí. Eu teria sofrido menos, e você também.
Depois daquele dia, nos tornamos quase estranhos. Mas eu gostava muito de você, e agora eu percebo que gostava mais do que eu achava.
Por isso, me desculpa. De verdade. Me desculpa por ter te feito sofrer, por não ter sido diretamente sincera contigo.
E eu espero, que você esteja sendo feliz. É tudo que eu mais quero.


Saudades de Santos. De ti.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Miss u.




Porque estava chovendo, eu estava sozinha e comecei a ver as fotos antigas no meu fotolog (sim, eu tinha um, e bombava por sinal). Ai fui me lembrando de como eu era brega como eu era feliz, foi me dando aquela saudades e tals. Me lembrei de ti, de como éramos unidas, tínhamos nossas piadinhas internas, éramos unha e carne e essas metáforas todas.
Me lembrei que não somos mais tantas metáforas, nem tantas internas. Que somos, talvez, aquelas pessoas que jurávamos que nunca seriamos.
Agora, eu moro aqui e você aí, e quando eu estou aí, você não está. Tem outra pessoa importante na sua vida, e eu é claro respeito, com ciúmes, mas entendo.
Eu sinto saudades suas, de nós, dos brigadeiros, filmes bregas, crises de identidade (essa é uma interna), crises de riso, crises de ‘com que roupa eu vou’, e tantas outras.
Mas com o tempo as coisas mudam, não temos mais 15 anos e não vemos mais o mundo com lente colorida. Bom, talvez eu ainda veja, um pouco desbotado, é verdade, mas eu já não sei mais qual é a cor que você enxerga o mundo.
É triste, eu sei.
Mas eu também sei, que se eu precisar, se eu chamar você estará comigo, e daremos aquele abraço que explica tudo. Eu voou chorar e voe vai dizer que ta tudo bem, depois vamos fofocar e rir, depois vai dirigir o seu tomate de volta pra casa, e tudo estará bem.
Mas eu sinto saudades. De tudo.

E eu sei, amiga, que nós ‘somos o que tem de acontecer’ (C. Lispector).



Obs. Desculpem-me. Hoje sou apenas eu falando. Precisava falar.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Ás Vezes


imagem: http://gettyimages.com.br

É que ás vezes eu erro,
Ou sinto prazer nas coisas bregas.
É que ás vezes eu minto,
Ou faço coisas que parecem piegas.
Ás vezes eu choro, eu fujo, eu imploro.
Ás vezes eu quero, apronto, confronto.
Ás vezes eu morria, só pra viver de novo.
Desculpe-me não ser perfeita, chata, exata.
Ou por ser implicante, ignorante, teimosa.
É que eu sempre sou
Humana, apenas.
(e sem-querer-querendo, eu me engano

Ás vezes.)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Salão


imagem: http://gettyimages.com.br

Estava escuro, enfumaçado. Algumas luzes coloridas brilhavam, alguns pés descompassados dançavam, alguns casais que se conheciam a tempos, a horas ou a minutos se beijavam freneticamente.
O ritmo estava envolvente, mas ela, ah ela, se portava com compostura sentada em um canto, quase esquecida. Quase parte do cenário.
Mas não que ela estivesse triste, que nada! Ou talvez ela estivesse, não sabia bem ao certo. Mas gostava de ficar sentada, quieta, como se fosse uma nota musical ao fundo ou uma luz colorida que ninguém percebeu.
Mas sempre existe um ouvido atento.
E com cuidado ele segurou a sua mão, levou ela para o meio da sala, meio da música, meio das luzes, meio de tudo, mas tudo parecia ter nada, somente os dois.
E pra ela, não existia mais cenário. Era um sonho.
E no ritmo lento da música, foi
Sonhando.