segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ironias do amor.

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Tudo vai acontecendo aos poucos, como deve ser. Do mesmo jeito que fui aprendendo a te amar aos poucos, aprender a não te amar acontece lentamente também. A gente sempre acha que pode arrancar o amor assim, de uma vez só, quanta tolice. Afinal, ele foi plantado ali aos poucos, não foi? Ninguém acorda um dia sem nenhum amor e de repente liga um botão e diz: estou amando. Da mesma forma, não tem como apertar o botão e ‘desligar’ o amor, como se ele nunca tivesse existido. Ah, a gente pode até disfarçar, dizer que não ama, colocar o sorriso no rosto e para os outros fingir que não temos mais amor, ta tudo bem. Mas sabemos, e como sabemos, que é difícil, que é lento, que demora essa coisa toda de desamor.

Chega até ser engraçada, essas ironias do amor. Quem disse que eu queria me apaixonar? Mas amor é assim, quando a gente menos espera, ele acontece. E de repente ele não serve mais, não como deveria, mas insiste em ficar ali atormentando. Resiste em ir embora, mesmo quando tentamos expulsar – Amor, por que você dói tanto? Se quer ficar aí, que fique então, mas faça as coisas do jeito certo. Se não da mais, então porque não vai? Amor, você só pode estar de brincadeira. Não é mais o mesmo, mas custa ir embora, não deixa um novo entrar, mas também não quer sair. Que coisa, heim, amor?

Mas a gente vai aprendendo. Leva tempo (tempo, outra coisa irônica né?), mas aos poucos a gente vai conseguindo. ‘Desamar’ é bem difícil, dói e tudo mais. Mas depois, a gente agradece, a gente aprende. Ou não, ou a gente comete os mesmos erros, a gente ama demais, depois quer desamar e depois ama de novo. Porque o amor adora se fazer presente mesmo na ausência, adora bagunçar a nossa vida. E quer saber? Eu adoro mesmo uma bagunça. Coração organizado demais, é mesmo um tédio.


8 comentários:

Anônimo disse...

Oi Cris,

o pintor francês Toulouse Lautrec, que era um boêmio, inventou um coquetel chamado 'terremoto', consisitia numa parte de absinto e outra de conhaque, chacoalhado com cubos de gelo. Ele disse que era uma homenagem ao amor o qual chega em nossa vida, chacoalha tudo e nos tira a razão.

Adorei o texto.

Ótima semana para você!

Anônimo disse...

O tempo é o melhor remédio em diversas situações, no amor então..
Apesar de parecer que o amor vai ficar ali pra sempre e que a dor parece que não vai acabar o tempo vem e cura, agente aprende, amadurece, mas as vezes cometemos os mesmos erros.
Obrigada pelo carinho no meu blog, fico muito feliz com os comentários!
Beijos!

Luna Sanchez disse...

Eu acho que o começo do equívoco é apaixonar-se e já pensar e dizer que ama.

Sei lá, pra mim há um mar de distância entre uma coisa e outra.

Beijos, flor.

mfc disse...

O amor não aparece... ele explode junto a nós!
O amor não se procura... ele surpreende-nos!

Amanda Sanches disse...

O amor só vai embora com o tempo, e esse por vez, sempre chega com um novo amor.

http://oamorhadevencer.blogspot.com/

Danni Coutinho disse...

é mesmo coraçao bagunçado é mesmo assim louco mais as vezes é bom....

Daiana M.Fernandes disse...

E assim, o coração vai permitindo que o amor seja o amor.

bjs e uma semana iluminada

Evelyn Dias disse...

Intrigada com a foto.. (:
beijos flor , boa noite!