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E falam os poemas, as músicas e as pessoas: cuide do seu jardim,
que a borboleta volta. Se cuida, todos diziam – até ele – que volta. Então fui
levantar e cuidar do jardim, mas que tarefa mais difícil! Tem que ter paciência
para cuidar do tal jardim. Tem hora que da vontade de arrancar tudo, matar
tudo, deixar o jardim só cheio de barro e falar que se ferre o jardim. Mas de
uma maneira bem menos educada, se é que me entende. Mas então vamos lá, aos
poucos, cuidando do jardim... tirando as folhas secas, algumas tendo que ser
arrancadas bem pela raiz. Algumas raízes já tão fundas, fincadas, por mais que
a planta esteja morta e sem vida, doem para sair. Vontade de deixar elas ali,
mas não, temos que arrancar, recomeçar, replantar, blábláblá.
Escolher as sementes certas... flores menos bonitas, porém
mais saudáveis. Algumas sementes não vingam, a gente sabe. Algumas morrem no
começo, outras secam no caminho. Aos poucos, algumas flores vão surgindo,
resistindo aos temporais, aos dias de sol muito forte, aos ventos que parecem
querer levar tudo para longe. Passa o tempo, a gente mal vai percebendo, mas de
repente temos um jardim, e olha só, ele está bonito, tem flores, plantas,
cheiro bom e frescor. O jardim que a gente nem queria está ali, deu um
trabalhão danado, mas agora é seu, parabéns, você conseguiu.
Logo, quem aparece? A tal borboleta. Borboletas sempre
voltam e o seu jardim sou eu? Ah faça-me o favor borboleta. No meio do processo
estava visitando outros jardins não? Agora que descobriu que o meu novamente é
o mais cheiroso, mais bonito, sem mato e ervas daninhas, quer voltar?
Não obrigada.
O que aprendi sendo jardineira é cuidar do jardim. Para
atrair novas borboletas, não pragas.
Um comentário:
No nosso jardim... mandamos nós!
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