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Sinto saudades da história de amor que a gente nunca teve. Na verdade ela existiu, foi muito real na minha imaginação de garotinha apaixonada. Você, tão longe de mim, e ao mesmo tempo tão presente. Presente nos meus devaneios antes de dormir, nos sonhos, no meu pensamento. Mal sabe você, mas casamos diversas vezes. Na praia, no campo, em uma festa luxuosa ou em uma muito simples, somente eu e você. Piegas.
Ficava combinando meu nome com seu sobrenome. Sim, altamente brega isso - mas vamos confessar - todo mundo já fez isso algum dia. Enquanto eu e você ríamos sem jeito das nossas piadas, e fazíamos mil planos para quando a gente se encontrasse, eu já tinha vivido milhares de histórias de amor com você.
Muitos kilômetros nos separavam. Mas para a minha imaginação, isso não era barreira nenhuma. Amor aproxima, sabia não?
Ah, essa história de amor que eu inventei para nós foi boa, muito boa enquanto durou. Só que ás vezes precisamos da presença entende? Não somente de apoio, mas do ombro para chorar. Não somente do sorriso imaginado, mas do abraço longo e apertado, do cheiro da pele, do toque, do olho no olho.
Esse nosso não-amor que era mais amor que muitos que vivi, faz falta. Da saudades. Vez em quando ainda imagino você e eu, em um mundo que não existe distância, mapas ou barreiras. Mas só imagino, devaneio.
Pois ainda que eu tenha as estradas que me levem até você, ficar aqui é mais seguro. Obrigada por esse amor que nunca existiu, mas que construiu entre a gente um carinho que é muito real.
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10 comentários:
Sempre me identifico muito com seus textos, com seus pensamentos
E de fato, vivi assim por um ano: imaginando, sonhando, combinando meu nome com o sobrenome dele. (rs) Felizmente, passou. Embora não haja dúvidas que guardo um carinho imenso por aquela figura.
Beijos!
Oi Cris,
até na possibilidade que ainda não se concretizou o amor não perde seu encanto e você conseguiu captar isso e por em palavras com teu dom maravilhoso de desabrochar.
Uma semana maravilhosa para você!
Lindo, e há quem diga que isso não é amor, mas é. Tens uma história inventada, mas tem.
Flores!
Estou vivendo exatamente tudo cada letrinha cada pontuação tudo,sei bem como é.É uma sensação de ao mesmo tempo perto e tão longe algo que completa e que me deixa sorrindo que nem uma boba apaixonada mais é bom gosto disso e não quero que essa sensação passe agora.Beijos
E todo forma de amar vale a pena... Até mesmo esse amor que criamos..
Como sempre, texto incrível!
Beijos*:
A não concretização do sonho faz com que ele morra!
Lindo!
Olá! Somos leitores assíduos do seu blog, por isso lhe indicamos o Selo "Liebster Blog"
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Ah... os amores platônicos. Quantos já não tive, em? :)
"Tenho imaginação suficiente para reinventar o que ainda não vivi." (Fabrício Carpinejar)
Bjs
http://jogandoconversas.blogspot.com
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