quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Merry Xmas


De repente, no meio da loja, parou. Teve um baque. No meio de pisca-pisca, papai-noel e todas as parafernálias natalinas foi que se deu conta em que época estava. Se deu conta que já era o último mês do ano. Último. Foi então, que no meio dos jingles de natal que atravessavam seu ouvido, sentiu a sensação de natal. Sentiu um certo espírito natalino que estava adormecido. Em silêncio, com um papai-noel de chocolate na mão, foi revivendo momentos. Era dezembro, véspera de natal. Tinha uns dez anos, estava na varanda da casa da vó, na rede com suas primas. Aqueles coraçõezinhos ansiosos, esperando a noite chegar. Será que daquela vez iriam conseguir ver o papai-noel com suas hennas?
A hora não passava. Era incrível como o dia era longo na infância! Não tinham mais o que fazer, ela e suas primas, a não ser esperar. Sempre tentavam dormir, para ver se o dia passava mais rápido. Não podiam ir para cozinha, afinal as mães estavam super ocupadas e ligeiramente estressadas com os preparativos. E o mais estranho, o quarto da vó estava trancado, sempre ficava trancado nesse dia. Vai ver papai-noel se escondia lá.
A noite ia chegando. Hora de colocar as roupas novas, ver o especial de natal da globo, e descobrir quem era o papai-noel do fantástico. A família vinha chegando, tudo ia virando uma bagunça gostosa. Perto da meia-noite, e o coraçãozinho da menina ia pular para fora. As mães anunciavam: “O papai-noel ta lá fora! Corram lá para ver!” E todos os primos ia lá para fora. De repente a porta da sala estava fechada. E Puft! Milhares de presente debaixo da árvore! (e o quarto da vó, destrancado!). E mais uma vez não viram o papai-noel voando. Mas ano que vem, ela iria entrar no quarto da vó, e ia pegar ele!
Presentes e mais presentes. Abraços, Cd especial de natal tocando (“então é natal... ano novo tambééém”), família reunida. Hora de comer a ceia, e brincar até adormecer no sofá.
“Moça, onde tem Mais desse papai-noel de chocolate?” Puft. Voltou a realidade. Dezembro, e não era mais a mesma coisa. Sem responder, largou o chocolate na prateleira, e saiu sem levar nada.

4 comentários:

Ana disse...

Já tinha lido essa historinha, e eu amei voltar aos nossos natais perfeitos. Sinto muita falta, muita falta mesmo !

te amo, Cris ;*

Amanda disse...

Oi, Criis!

Fiquei um tempo (muito tempo) sem aparecer, mas é porque minha vida anda uma bagunça.
Um própsero ano novo, muitas felicidades, realizações e sucesso em sua vida.

Um beijo!

Anônimo disse...

lembrar da infancia é sempre bom, ainda mais de quando se é criança no Natal!
Amei lembrar da nossa história!
:*:

Rainha de Copas disse...

vim avisar da volta do reino. ;*