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“... Até um dia, até talvez, até quem sabe. Até você, sem fantasia, sem mais saudade.”
E agora dizemos adeus. Por Deus, como é difícil, é como uma bossa nova triste.
Nos olhamos, olho pra ti, sempre foi tão profundamente, quem pode entender o que o amor nos faz?
“Agora a gente, tão de repente, nem mais se entende, nem mais pretende”
Quanto tempo faz? Semanas talvez. Quanto tempo fará? É duro viver uma meia vida sem você. Mas tudo que fomos, passou, a gente agora não somos mais. Tomo um café, fico calada. É triste, ouço bossa nova, canto bossa velha.
“Seguir fingindo, seguir seguindo, agora vou pra onde for, sem mais você”
Não que não sinta sua falta. Será que sentes a minha? A pior dor já passou. Coloco um sorriso fingido no rosto quando me falam de você. Ensaio mil maneira de dizer ‘é mesmo? Que bom’ sem parecer que desesperadamente sinto a sua falta. Mas estou bem, estou indo.
“Sem me querer, sem mesmo ser, sem me entender, vou me esquecer”
Pra te esquecer, não posso mais lembrar de mim. Lembranças estão em todos os lugares, mas olho pra elas com um olhar de desprezo, que elas me devolvem. Quase te liguei, mas jurei pra mim que tinha esquecido teu número. Escuto Nara Leão nesse momento.
“Vou me perder pela cidade, até um dia, até talvez,até quem sabe”
Entendo o recado. Até, amor, quem sabe.
Trechos da música Até quem sabe, de Nara Leão.