sábado, 17 de abril de 2010
Coca.
E estava com sede de coca-cola, mas bebi paixão. É, dessa vez foi paixão, pra valer, sem pudor. Coisa que não tínhamos, se lembra?
Bebi paixão de outra fonte, que não a sua.
Porque aquele dia eu estava com sede de paixão – da sua paixão - e tudo que você me ofereceu foi uma coca-cola gelada servida em um bar triste qualquer. E eu remexia os canudos distraidamente enquanto você discursava que não tinha mais paixão, amor ou faísca sequer. Eu quis chorar sabia? Quis jogar aquela coca-cola todinha em você e dizer que a minha paixão estava ali, só que você é que não sentia mais sede de mim.
Mas continuei ali naquele bar triste, com você que não era mais meu sentado a minha frente.
Fui embora com sede ainda, mas deixei a coca-cola abandonada. E daí? Éramos duas abandonadas.
Nos primeiros dias senti sede de whisky, vodka, tequila até. E a sua sede não passava.
Depois tudo virou café, cigarros e cazuza.
Até que eu estava com sede de coca. E me ofereceram paixão.
Sem pudor, pra valer.
E matei minha sede.
E agora vejo você só, sentado nesse bar triste.
Sinto muito mas, não posso mais matar a sua sede. Te pago uma coca abandonada sem paixão.
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5 comentários:
mas coca é deus engarrafado. logo impossível uma paixão ser melhor
parece q ngm entende a nossa 'sede'. Mas tudo acontence na hora certa.
bjbj
Nooossa!! Adorei... é prá pensar, né?!
Bjão e ótimo domingo :)
Muito o bom seu texto viu!
Tá de parabêns!
A-M-O Coca-cola de todo S2
:))
Uaaaaaaau!
Porque homem é igual chiclete, você pisa e ele gruda!
E Cazuza é uma p*ta companhia! *--*
Beijo
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