terça-feira, 28 de outubro de 2014
Das palavras contidas que não consegui conter.
Você veio como um sonho bom, numa madrugada fria qualquer. Um suspiro quente na minha pele gelada, sussurrando qualquer coisa no meu ouvido, que soava como uma canção. Música que embalava o vazio preenchido todo por você, sua respiração que ocupava a sala, sua voz rouca que por instantes me cala, teu beijo, tua boca, tua mão, tua roupa, eu rouca, louca, os pingos de suor... Mas tudo isso eu sei de cor.
Decora meu coração que anda carente de decoração, de coração eu queria te dizer fica, enfeita meus domingos, conheça meus amigos, dorme mais um pouco.
Mas, tampouco... você foi na verdade a ventania que passou. Ah, esse mesmo script de sempre. Se trata sempre do que eu presumo, mas posso te passar um resumo, uma síntese qualquer, sabe o que é? O amor é uma antítese moderna, não importa que minha perna esteja agora na sua perna, meu coração eu guardei em cima da estante, vem por enquanto ser meu instante, nesse lindo afago que já passou, passou...
Mas eu sou constante.
Coração palpitante.
Não me importa que você tenha sido só um sonho bom.
Eu estou acordada nesse momento.
E talvez escrever soe como um lamento.
Na verdade é o que ilumina o que eu chamo de amor incoerente. Como o que pensei pra gente.
Sente ?
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