Chegou a chuva. Junto com ela, aquela vontade de pensar, de dizer, de gritar, de amar. A chuva desperta uma tempestade dentro de mim. Odeio a Chuva. Talvez (mais só talvez) eu a inveje, porque ela cai livremente, na sua melhor forma, a chuva não tem medo de ser livre, de cair, de te molhar, de te deixar com frio ou de te refrescar. A mesma chuva tem o poder de te deixar preso na sua sala, ou de te fazer livre, enquanto ela toca a sua face da forma mais sutil. Essa mesma chuva, pode fazer você odiá-la por cair assim tão de repente, sem avisar, molhando seu melhor sapato, mais também pode fazer você amá-la por ser assim, tão imprevísivel, por fazer suas tardes mais românticas, por servir de telespctadora para aquele beijo mais apaixonado.
Talvez (mais só talvez) eu queira ser como a chuva. Desempenhar o meu papel, sem me preocupar se estou sendo odiada ou muito amada. Se estou sendo vista ou ignorada. Se estou sendo aplaudida ou vaiada. Não importa. Estaria ali, amando o que faço, agradecendo simplesmente por ser... Chuva. Saberia que por mais que houvesse críticas, por mais que houvesse rancor, não viveriam sem mim, ninguém. Nem nada.
Talvez (mais só talvez) eu queira ser como a chuva. Desempenhar o meu papel, sem me preocupar se estou sendo odiada ou muito amada. Se estou sendo vista ou ignorada. Se estou sendo aplaudida ou vaiada. Não importa. Estaria ali, amando o que faço, agradecendo simplesmente por ser... Chuva. Saberia que por mais que houvesse críticas, por mais que houvesse rancor, não viveriam sem mim, ninguém. Nem nada.
É, chegou a chuva, e a tempestade que ela desperta é grande. Dentro e fora de mim.