Foi no nosso abraço gelado que o mundo parou. Não do jeito de antes. De repente erámos apenas dois estranhos, apenas tentando entender. Onde foi que erramos?Não posso colocar a culpa em ti. Não posso colocar a culpa em mim. Fomos nós dois juntos, que na ânsia de nos achar, acabamos nos perdendo de vez. Nesse momento, não falamos nada. Não adianta tentarmos explicar, não adianta tentarmos nos justificar. A um vazio bem no meio de nós, uma barreira que com o tempo nós criamos. Eu olho pra ti por alguns segundos, aí é fatal: então nos damos conta. Acabou.A gente chora, uma lágrima quente no abraço gelado.Então, com um silêncio ardido, nos despedimos. Você faz menção de falar algo, mas desiste. É melhor.E assim eu vou, tentar ser somente eu. Sem olhar pra trás.
quinta-feira, 19 de março de 2009
sexta-feira, 13 de março de 2009
Make-down.
Maquiei minha tristeza com um batom vermelho. Quando me olhei no espelho me senti até
bonita, mas lembrei que era só maquiagem, e fiquei sem chão.No tudo preto-e-branco que eu via, minha boca se destacava com um vermelho amargo, quase,
quase dava pra fingir que era feliz.Quando eu te vi, não tinha batom pra retocar, mas acho que daria pra ter te enganado um pouco, se eu não tivesse saído correndo.É que ta tudo em mim ainda.Testei meu batom em outras bocas, mas só via a tua na minha frente, então eu não entendia nada.
bonita, mas lembrei que era só maquiagem, e fiquei sem chão.No tudo preto-e-branco que eu via, minha boca se destacava com um vermelho amargo, quase,
quase dava pra fingir que era feliz.Quando eu te vi, não tinha batom pra retocar, mas acho que daria pra ter te enganado um pouco, se eu não tivesse saído correndo.É que ta tudo em mim ainda.Testei meu batom em outras bocas, mas só via a tua na minha frente, então eu não entendia nada.
Não adiantava toda aquela minha maquiagem: era vísivel agora.
Então eu peguei tudo isso que se mistura no meu estômago, quando te vejo assim feliz, sem
maquiagem, sem máscara, sem nada,
maquiagem, sem máscara, sem nada,
(sem mim!)
e coloquei dentro da minha gaveta. Só não sei em que lugar da nossa história esqueci a chave.
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