domingo, 6 de abril de 2008

Final



Não gostava de despedidas. Entenda, não é como se ela tivesse fugido, apenas detestava ter que dizer que era o final. Quando se é o fim, já se sente. Pra que dizer então?
Diziam as escondidas que ela tinha medo do confronto. Sussurravam isso quando ela passava com seu brilho. Ela ouvia, e ria-se por dentro. Não tinha medo de confrontos e muito menos falava as escondidas. Só ela sabia o quanto suas garras eram fortes.
Medo? Todo mundo tem de algo. Ela também. Isso não é defeito, isso é humano.
Mas não medo de enfrentar as coisas.
Entenda, ela não fugia.
Apenas deixava o final acabar por ele mesmo. Se todo mundo entende o que é um fim, pra que deixar bem claro um ponto final?
Ela apenas ia.

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu faço questão de deixar a pontuação bem marcada. Não gosto de nada no ar...

Beijos.

Garota Enxaqueca disse...

Quanto mais se quer marcar o final, menos final ele deixa de ser...

Besos, guapa...

Bárbara M.P. disse...

Olá Criiis,

Tomei uma delícia de chazinho com torradas no blog da Carol e acabei por chegar aqui nessa página. Que surpresa boa, menina...
"Final" é de uma sutileza e profundidade emocionantes.
Bem ser-humano mesmo. Com suas particularidades, seus dons e limites, suas estranhezas e capacidades... Um belo texto.
Seria um enorme prazer tê-la linkada ao meu blog, Cris. Eu poderia?

Um ótimo dia,
Bárbara M.P.